Com as ferramentas em termos de software: mídias sociais, apps, BI e hardware pessoal: smartphones, tablets, PCs com GPS e IPs / redes Wi-Fi georeferenciadas, é incrível como ainda usamos pouco o poder do geomarketing para atingir nosso público.

O Facebook, na última semana, elencou os lugares no mundo todo com maior quantidade de check-ins:

Facebook check ins e geomarketing
Facebook check-ins ao redor do mundo

A “mágica” deste tipo de informação não se dá simplesmente por saber que alguém fisicamente esteve em tais lugares, mas por identificarmos o tipo de público:

  • Primeiro pelo fato de o Facebook ter todas as informações pessoais de cada check-in em seus bancos de dados, logo dados como sexo, idade, preferências, profissão estão, em sua maioria, lá. 
  • Segundo porque informa o comportamento digital desse público: por que um Shopping na Argentina tem mais checkins que a Casa Rosada? Ou um TGI Friday’s na Noruega mais checkins que o Rhadus ou o castelo de Akershus? Muito provavelmente o público dessas duas últimas atrações são menos “conectados” que o das demais, estão em outras redes sociais georeferenciadas como o Foursquare ou Waze ou o público local não compartilha o mesmo interesse dos turistas. Seja como for, isso pode refletir idade, prioridades, interesses mas, para o profissional de maketing, principalmente aderência a um tipo de produto. 

Colocando na prática, saber que o Ibirapuera é um dos locais com maior número de Facebook check-ins já fornece insights e racional para justificar o lançamento de um “Facebook phone” em uma ação de marketing direto no parque, assim como lançar uma campanha online de bicicletas no Facebook.

Este é um exemplo bastante simples, mas nem neste nível de maturidade estamos ainda. Evoluindo-se esse conceito é possível cruzar dados de checkíns, website, serviços georeferenciados e CRM e chegar a um nível de maturidade preditiva que permite “advinhar” o que seu cliente gostaria e onde.

Poucas empresas pelas quais passei (sendo algumas poucas de telecomunicações) aprenderam a utilizar o geomarketing como ferramenta de promoção de produtos e oferta de serviços, seja tecnicamete para reduzir desperdício de recursos, seja em marketing para garantir melhor aderência ao seu cliente.

Apesar de ferramentas opensource ou gratuitas ainda estejam aquém de recursos em relação a uma ferramenta mais profissional (MapInfo, por exemplo) já te permitem começar a esboçar algumas hipóteses e ter algumas idéias pra pôr em ação. É só um primeiro passo, mas ainda incrivelmente melhor que continuarmos parados.

Rodrigo Rubio
É geek, engenheiro, consultor, defensor do conteúdo de qualidade e da eliminação dos falsos gurus da Web. A menos que sejam engraçados.
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