Pode parecer um somente mais um dado de pesquisa da Quartz, uma agência norte americana de notícias com temática econômica. Segundo um estudo deles entre diversos países considerando o quanto consumem notícias pelo Facebook, o Brasil aparece liderando hoje com quase 70% de sua população consumindo informações majoritariamente por essa rede social. Além disso, também lideramos o uso dessa mesma plataforma para outras finalidades, chegando a 80% de uso e, mais uma vez, encabeçando a lista.

A divulgação desses dados na semana passada gerou uma comoção nos meios de imprensa, afinal é uma movimentação que acaba por pautar a forma como os tradicionais veículos se comunicam hoje. É fato que se eles querem engajar e trazer acessos aos seus respectivos portais devem, invariavelmente, estar presentes no Facebook.

O estudo trouxe consigo também polêmica por trazer à tona algo que tem sido discutido desde as eleições do ano passado: a qualidade das informações divulgadas e o quanto as pessoas buscam efetivamente certificar-se da veracidade dos fatos antes de compartilhá-los. O fato é que a comodidade das “notícias na timeline” cria uma hora de leitores passivos que consomem e espalham as informações no calor do sentimento sem efetivamente uma reflexão mais aprofundada ou pesquisas mais complexas.

Ainda que esse seja um problema que deve ser combatido, é hoje uma realidade com a qual as instituições públicas e privadas tem que lidar e preparar-se para esse cenário. O que se observa é que tanto a mídia como organizações público e privadas estão demorando a entender essa movimentação e, por vezes, enfrentando crises anunciadas.

O fato é que é impossível não estar nas redes sociais. Em um contexto no qual se tem 8 entre cada 10 brasileiros no Facebook e praticamente 70% deles usa essa rede como fonte primária de informações, torna-se mandatório para as organizações oferecer conteúdo, monitorar e engajar com os usuários na plataforma. Acreditar que não fazer parte disso torna um órgão público ou empresa imune à crises é uma atitude suicida do ponto de vista de comunicação.

Por isso, quando conversamos com clientes e parceiros, demonstramos o quão importante hoje é a presença digital: seja um site, conteúdo em redes sociais ou blog, tudo está ao alcance dos usuários. Porém, é muito mais vantajoso prover informações e criar uma relação de transparência do que aparecer como uma marca perdida entre menções positivas ou negativas internet afora. Essa é a razão pela qual recomendamos a postura ativa versus a reativa.

E a sua empresa, está nas redes sociais? Como vocês estão criando conversas e conexões com seu público?

Stella Wilderom
Apaixonada por comunicação e marketing mas sem abandonar o lado geek já passou por muitas empresas no Brasil e mundo afora. Ama dar aulas e conversar com gente, viajar, assistir séries e não tem vergonha de ser uma eterna kidult. Pilota o fogão para testar novas receitas e receber amigos e família em casa. Mas no fim é conhecida mesmo por ser mãe da pug Gioconda.
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